A anemia infecciosa eqüina (AIE) é uma afecção cosmopolita dos
eqüinos, causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família
Retrovírus. O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, nele
permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. É
conhecida também como febre dos pântanos (“swamp fever”), porque nas
áreas pantanosas a população de insetos hematófagos, vetores naturais da
natureza, é muito grande e os animais ficam mais expostos à contaminação. É
uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases
hiperaguda, aguda e subaguda. A sintomatologia caracteriza-se por episódios
febris, perda de peso, debilidade progressiva, mucosas ictéricas, edemas
subcutâneos e anemia (CARVALHO, 1998).

Sua contaminação segundo Cicco (2007), é feita principalmente por
insetos sugadores (moscas e mosquitos). Já foram também comprovadas as
transmissões congênitas (placentária), pelo leite (aleitamento), pelo sêmen
(acasalamento) e pelo soro-imune. As mucosas nasal e oral, intactas ou
feridas, podem ser portas de entrada do vírus. O uso sem assepsia de material
cirúrgico, por pessoas não-habilitadas, também aumenta a probabilidade da
infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se portados permanente.

Seus sintomas podem ser classificado segundo Cicco (2007), de forma
aguda e outra 1Z0-047 crônica. Todavia o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma. A forma aguda é assim caracterizada: febre que chega a 40,6c; respiração rápida; abatimento e cabeça baixa; debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro; deslocamento dos pés posteriores para diante; inapetência e perde de peso. Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crônica.Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas. Com ataques há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia (CICCO, 2007). Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins positivo deve ser sacrificado.

FONTE: REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA
ISSN: 1679-7353. Ano VI – Número 10 – Janeiro de 2008 – Periódicos Semestral